A volta da rapadura

Gente, a rapadura voltou. Como filha pródiga, voltou aos braços da nação que tanto lhe ama.

Sim, a rapadura é ufanosamente nossa, ninguém tasca, nós a fizemos primeiro.

Por ser um produto doce, mas não mole, a rapadura deu o que falar na imprensa jurídica especializada. A empresa alemã Rapunzel Naturkost havia tentado registrar a marca "rapadura" em seu nome na Alemanha e nos EUA. Alertado do perigo que seria esse registro pela OAB do Ceará, inclusive para as exportações brasileiras iguaria, o governo brasileiro tomou as devidas providências para o abandono da marca pela Rapunzel, ou seja, explicou que nomes genéricos não podem ser registrados como propriedade:

"Seria como registrar o termo chocolate e impedir qualquer outra empresa de colocar esse termo no nome de seu produto, sob a justificativa de que a palavra chocolate está registrada", explicou Fábio Schmidt, secretário da Divisão de Propriedade Industrial do Itamaraty.

Em 23 de julho, finalmente, a empresa alemã desistiu do registro da marca e, segundo a proposta do governo brasileiro, utilizará a sua marca própria (mecanismo da marca composta) mais o nome do nosso querido quitute: Rapunzel Rapadura.

Ficou até simpático, não é mesmo?

Fonte: Migalhas.com.br