Queria encontrar, num manuscrito antigo ou num arquivo de computador, a fórmula para a paz. Um antídoto para toda a insanidade que nos rodeia nos dia de hoje, seja dentro ou fora de casa, seja perto ou longe de nós. Sementes que brotassem sem parar do solo seco e desse frutos pacíficos, que nos fizessem mais tranqüilos. Não tem a ver com felicidade, não quero a receita da felicidade, tão diversa para cada pessoa: alguns encontram a felicidade num pacote de chocolates, outros em uma champanha cara ou mesmo no desgosto do semelhante (por mais terrível, tem gente que se alegra com isso). Queria apenas a fórmula da paz, deste animal fugidio, que corre e se esconde ao menor sinal de desavença e assiste de camarote a destruição, triste e impotente.
Queria encontrar a palavra mágica que, quando proferida, silenciasse as máquinas, o teclar insano dos computadores, os telefones e rádios e envolvesse todos numa atmosfera relaxada, tranqüila e pacífica. Essa palavra impronunciável nos dias de hoje é o caminho da tranqüilidade, do bem-estar e da harmonia. Hoje é tão falada e tão pouco praticada. Paz, três letras que mudam destinos, que embalam meninos que dormem tranqüilos, que pairam sobre o olhar longínquo e o sorriso maroto da avó tomando sorvete e lembrando dos tempos em que paz não estava apenas no dicionário, era parte da vida das pessoas. Sempre houve guerra, sempre houve discórdia. Mas sinto, com os olhos marejados, que nunca estivemos tão distantes da paz. O homem ceifa o que há de mais precioso nele mesmo, a capacidade de ter paz, de fazer a paz.
No dia em que houver o nada, no qual os escombros fizerem parte de nossa vida mais que já fazem, em que a tristeza for o único sentimento que o homem consiga carregar, perceberá ao avistar o último dente-de-leão, que espalha suas sementinhas ao vento, o sentido da única palavra que nunca respeitou: paz.
Queria encontrar a palavra mágica que, quando proferida, silenciasse as máquinas, o teclar insano dos computadores, os telefones e rádios e envolvesse todos numa atmosfera relaxada, tranqüila e pacífica. Essa palavra impronunciável nos dias de hoje é o caminho da tranqüilidade, do bem-estar e da harmonia. Hoje é tão falada e tão pouco praticada. Paz, três letras que mudam destinos, que embalam meninos que dormem tranqüilos, que pairam sobre o olhar longínquo e o sorriso maroto da avó tomando sorvete e lembrando dos tempos em que paz não estava apenas no dicionário, era parte da vida das pessoas. Sempre houve guerra, sempre houve discórdia. Mas sinto, com os olhos marejados, que nunca estivemos tão distantes da paz. O homem ceifa o que há de mais precioso nele mesmo, a capacidade de ter paz, de fazer a paz.
No dia em que houver o nada, no qual os escombros fizerem parte de nossa vida mais que já fazem, em que a tristeza for o único sentimento que o homem consiga carregar, perceberá ao avistar o último dente-de-leão, que espalha suas sementinhas ao vento, o sentido da única palavra que nunca respeitou: paz.
(Com esse texto quero pedir a cada um que, ao acordar, pense naqueles que ama e mande de todo coração um pouquinho da paz que deseja para si próprio. Arianna, essa é pra você.)