É nóis na Berlinale, zero-dois.


Vielen Dank, Berlinale! Der Goldene Bär macht uns glücklich!
Após uma repercussão bastante polêmica na sua apresentação oficial ao mundo (ao ponto da revista americana Variety chamá-lo de fascista), Tropa de Elite levou o Urso de Ouro, prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Cinema de Berlim, batendo o aclamado Sangue Negro e outros dezenove títulos. A estratégia usada pelos seus agentes internacionais, de tirá-lo do Festival Sundance e colocá-lo na fila de Cannes, após ser preterido pela Academia frente a "O ano em que meus pais saíram de férias", outro filme que já comentei aqui e que, infelizmente, nem chegou aos finalistas do Oscar.
Ao ouvir as polêmicas, o diretor José Padilha agiu como há muito tem agido e com toda a razão: disse não se importar com as críticas negativas (de violência gratuita e facismo) e que se importa, na verdade, se o filme fez as pessoas pensarem. Para acompanhar o diretor, Wagner "Olavo-Nascimento" Moura foi escalado para dar aquela força. Wagner, por sua carreira em ascensão e suas atuações na novela Paraíso Tropical e no filme premiado foi eleito o homem do ano pela opinião pública. Humilde e muito batalhador, Wagner "Ramos" Moura galgou rapidamente as escadinhas da fama e hoje se firma como um ótimo ator entre a nova geração de artistas.
Não sei se merecido o prêmio, mas depois do jejum de 10 anos (desde Central do Brasil não ganhávamos o Berlinale), é sempre muito bem-vindo.