
Se bem que Portugal sobreviveu sem ele muito bem, obrigado.
Fica realmente complexo. Nos deem mais motivos para abolir nossos caros acentos e colocar tantos hífens sem necessidade, como em micro-ondas!
Em entrevista para o Roda Vida, da TV Cultura, o escritor português Miguel Sousa Tavares (fiquei curioso para lê-lo) se pronunciou contra a tal reforma por um simples e convincente motivo: idioma é patrimônio cultural, paisagem nativa de uma nação e não pode ser mudada. Se os patrícios evoluíram no idioma e tomaram um rumo diferso do nosso português, que há de mal nisso. Viva a diversidade! Se o povo da ONU faz dois documentos diferentes para o Brasil e para Portugal, que faça. Não há necessidade para tanto, já que na escrita nos entendemos bastante bem. Quem lê Saramago com dificuldade, exceto pelas dificuldades da licença poeta que o mestre faz com relação à acentuação e afins? Tantos dialetos que precisam de tradução, traduzir línguas praticamente identicas é fichinha. Aproximação dos povos pelo idioma, que jeito mais estranho de aproximar, causando repulsa na população. Aqui o povo está meio que se lixando para o fato, mas logo sentirão na pele essa emoção. Em Portugal virou motivo de comoção popular, de revolta mesmo.
Acho desnecessário. Nossa diferença é essencialmente lexical, nossas palavrinhas são diferentes, nossos usos idem. Se cu ainda é palavrão para nós, para eles não, é apenas o informal para nádegas. Se para nós paneleiros vendem panelas, para eles são participantes ativos de paradas gays.
Teremos três anos para sentir o que será da última flor do Lácio. Os d'além mar terão 6 anos de carência. Enquanto isso, viva a lingüiça, a seqüência e o cinqüenta!
(Texto escrito na nova ortografia, certamente com erros ortográficos.)
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