Então é isso mesmo, ninguém precisa de tradutor, não é? Somos uma raça em extinção, com o advento das traduções automáticas e afins?
MENTIRA! (E espero que continue assim.)
Modéstia a parte, nunca fomos tão necessários quanto o somos nos dias de hoje. E ainda assim continuamos relegados aos bastidores do mundo, profissionais sub-reconhecidos, sem qualquer apreço de quem usa nossos serviços diariamente. A maioria das notícias, dessas que se vê a todo o momento na Internet, foi recolhida de uma central gringa (como a Agência Reuters e afins) e traduzida às pressas pra sair imediatamente. Esse programa que você está usando nesse minuto pra ler esse post também passou por habilidosas (ou nem tanto) mãos tradutórias. Os produtos que cercam você nesse minuto, duvido algum que não tenha, direta ou indiretamente, precisado de tradução.
E por que nosso reconhecimento é mínimo? Nulo quase? Não entendo mesmo essa postura de todos em vista da tradução, ou do tradutor, uma indiferença tamanha que me deixa realmente inconformado. E em todos os níveis culturais isso ocorre e por isso venho aqui mostrar um caso bem básico. Uma jornalista uma vez me disse que muito melhorou o reconhecimento dos tradutores, ao menos nos veículos maiores e mais respeitáveis. Hein? Cuméquié? Vamos a um exemplo bastante "simples".

Óbvio que mandei um e-mail dizendo que a revista é ótima, cheia de elogios, mas com a interrogação na cabeça: uma revista tão boa não poderia deixar de mencionar os tradutores das obras, nem de suas matérias (se houver alguma traduzida), por uma questão de respeito e reconhecimento. Eis a resposta:
"Infelizmente a revista segue um padrão, por isso, não é citado a tradução dos livros indicados na seção para ler. Mesmo assim, anotaremos o seu comentário como sugestão."

Por isso, quando você for ler seu próximo livro de autor estrangeiro, dê uma olhadinha no nome do tradutor e dê um sorriso para ele. Saiba que para você ter aquela obra nas mãos, aquele cara deu um duro danado...
ATUALIZAÇÃO: A Revista Bravo também não cita os tradutores na seção de livros, apenas na parte de resenha. Só por que o espaço é pequenininho? Hum...
PS.: Pra não dizer que não falei em flores... YES, WE CAN!!!