Alerta vermelho

Há um tempo observo calado a uma tendência cada vez maior em todas as instâncias da vida: a censura desde o grau que parece (e digo, apenas parece) inocente at? casos crassos. O que me faz escrever esse pequeno desabafo: a ameaça de um tal Diogo C. à querida Ivana Arruda Leite por conta de seu recém-lançado romance, Hotel Novo Mundo. Alega o cara que o romance tem o mesmo nome do estabelecimento que dá título ao livro de Ivana e desce a lenha (veja aqui no link).


Dá medo de reações assim. Claro, cada um pode dizer o que quiser, para isso que está aí liberdade de imprensa e expressão. Mas sabe lá o fulano se Ivana já falou com o hotel. Se fosse assim, muitas pessoas seriam processadas, entregues às autoridades ou simplesmente boicotadas por referências a outros autores, obras, marcas e afins. Idiotice, mas fundamentada no direito que às vezes as pessoas acham que tem de bater um carimbo ditatorial nas outras, nas obras alheias.


O fato de o Estadão estar proibido de falar verdades a El Bigodón, a Xuxa querendo acabar com o twitter (coitada...) e outras proibições, censuras e afins me deixam com medo (no BLABLABlogue há um texto sobre a censura do Roberto Carlos à biografia não autorizada do Rei feito pelo Marcelino Freire que é impagável). Foi uma época na qual não vivi, mas vi de bem perto suas consequências, essa da ditadura de 64. E não a desejo para ninguém no futuro...