A nudez VII

"Você tem um fósforo?", perguntei, "não há mais táxi, não há mais nada. Então, ao menos, vou fumar. Desde às quatro e meia..."
"Quer ganhar uns trocados hoje?", disse o homem da cicatriz, acendendo meu cigarro com um isqueiro dourado. "Amanhã você vai para casa. Entre, vamos cuidar dessa boca e eu te arrumo uma roupa limpa".
Me vi na situação mais insólita da minha vida: o gigantesco segurança do bordel limpava minha boca um algodãozinho com água e sal, me dando a receita daquilo que deveria fazer para não piorar.