Do fazer nada

Há alguns dias fiz um post sobre "fazer tudo", que eu tinha síndrome de homem múltiplo e o escambau. Hoje me dei o direito do contrário, de aproveitar meu "fazer nada". Esses momentos são tão importantes quanto aqueles nos quais realizamos grandes atos, acredito eu, pois nos dá o direito de mandar por algum tempo em nossa própria vida, em geral abarrotada de horários, compromissos e afins.
E foi por um mero acaso que hoje calhou de a chuva cair, o mundo sumir e silenciar. Não recebi um telefonema, nem uma mensagem de texto, nada. Então comecei a me dedicar ao não fazer nada e isso não significa deitar no sofá e morrer pro mundo por algumas horas (apesar de eu ter feito isso também).

Tomei um banho bem longo, daqueles que a gente toma em ocasiões especialíssimas (ou acompanhado), saí devagar do banho, me enxuguei numa boa, pensando na vida. Depois fiz um lanche para mim, nada de cozinhar sério, com mil ingredientes e tudo mais. Comi assistindo Jornal Nacional (há quanto tempo não via a dona Lilian e o seu William, hein?), depois baixei a guarda, já de barriguinha cheia, à novela. Não durei 5 minutos vendo Duas Caras, três horas depois acordei com o Galvão Bueno enchendo o saco no jogo do São Paulo contra não sei quem, e acho que o São Paulo perdeu.

Olha, deu pra dar uma recauchutada no sono tão precário das últimas duas semanas pra encarar um agitado fim de semana que há de vir e um recomeço na segunda-feira. É, segunda-feira...