Falta idéia? Republica!

Texto que tem pouco mais ou menos um ano, do meu outro blog... porém, ainda é uma verdade. Segue íntegra com comentários atuais (é, minha imaginação não tá muito boa essa semana)

Sou um escritor frustrado, confesso. Acho que também por isso tenho um blog, que abandono muitas vezes ao léu, para voltar com força total e depois abandonar de novo, num vai e vem confuso (isso não vai mais acontecer, gosto muito do Vermelho.Carne). Situação deprimente esse de se deparar com a tela do computador vazia, com a página pautada ou lisa, e nada de interessente surgir para escrever.

Esse confissão não é um desespero, mas um desabafo. Tenho ainda muito que aprender, muito que ler, muito que ralar até que consiga talvez cumprir essa minha obsessão de escrever um livrinho. Não precisa ser um calhamaço, daqueles que assustam tanto pelo volume como pelo peso e preço, mas uma coisa singela, sem vultos artísticos, prêmios etc. Apenas ser um autor, deixar de ser apenas o tradutor que dá voz em português aos autores.

Talvez seja pretensão minha ser escritor. Vejo como as pessoas escrevem nesse mundo, e como escrevem bem. O que me falta acho que é a coragem de me perder em idéias, criar. Por muito tempo tive asas meio que cortadas ao escrever, limites que a tradução jurídica de certa forma impõe aos seus executores (para tentar solucionar, fiz e faço oficinas e cursos para tentar desengessar minha escrita. Mas ainda tá difícil). Tento recuperar, escrevo duas ou três páginas e paro.

Até sobre isso já escrevi, sobre alguém que apenas escreve três páginas e pára. Será que devo continuar, já que esse parou também na quinta página? São agruras, chega a doer a falta que sinto ao escrever.

Também vejo muita coisa que não presta. Enchendo prateleiras em livrarias exemplares. Isso também me irrita, mas não pelo livro não prestar, mas pelo simples fato de eu não ter chegado aí. Inveja? Não, apenas uma pontinha, talvez.

Quero escrever um livro. Basta. Apenas um, por modesto que seja, um livro. Que seja lido, que as pessoas gostem, que as que não gostem, que tenham opinião sobre ele. Não quero ganhar dinheiro, nem notoriedade, mas deixar esse pequeno legado para quem vier depois de mim. Pedindo muito, será que estou?

Enquanto isso, entre uma revisão e outra tradução, leio. E busco pelo meu fio da meada...