Hoje, de acordo com a coluna Cotidiano da Folha Online, um homem simplesmente estourou a vitrine da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, um lugar de grande movimento o dia todo, inclusive à tarde, quando hordas de estudantes e outros circulam pelo lugar para almoçar, ir à livraria, ir ao cinema e afins. Munido de um taco de beisebol, Alessandre seguiu até a vitrine da antiga parte de literatura, onde agora se concentra a parte de arte e iniciou seu ataque: golpeou inúmeras vezes o vidro, estourando toda a vitrine e uma TV de plasma que exibia propagandas dos livros à venda.
Não parece ser apenas um caso de vandalismo, mas de loucura, insanidade real e palpável na cidade que pira um pouco a gente. Seu ritmo alucinado pode levar as pessoas à beira de colapsos imprevisíveis como a do moço. Não resistiu a prisão, nem gritou qualquer palavra de ordem, apenas quebrou o vidro e, de acordo com o empresário e dono da livraria, Pedro Herz, "não falava nada com nada". Fico curioso para saber o que foi esse nada; às vezes, para bom entendedor, poderia ter muito sentido.
Há uma corrente de violência em todos os lugares. No Rio, confronto policial na Cidade de Deus deixa diversos mortos. Em outros lugares do mundo, Tibet que nos diga, violência. Até terremoto tivemos há alguns dias, como um prenúncio, mal agouro. E nesse fim de semana tem Virada Cultural aqui em São Paulo. Espero que não se repitam as cenas absurdas do ano passado. Me parece que essa foi melhor pensada. Vamos ver no que dá.
Imagem: Alex Almeida/Folha Imagem