Homo mobilis

Na segunda-feira que passou, o caderno Link, do JornalÃO, trouxe uma matéria bastante interessante sobre mobilidade nos dias de hoje. Esse conceito que cada vez mais toma de assalto as pessoas começou como uma simples novidade e hoje é uma realidade para muitas pessoas nos grandes e enlouquecidos centros urbanos. Mas toda a balbúrdia tem um lado muito bom: a liberdade adquirida com a tal mobilidade.
Hoje é possível ser o que a revista The Economist chama de nômade. Não, não são os beduínos com roupas tresloucadas vagando por um deserto real, mas pessoas que, equipadas com tecnologias diversas, consegue trabalhar, se divertir e ter contato com todas as pessoas num clique. Vida de sonho? Está mais próximo do que se imagina...

A matéria apresenta diversos casos de pessoas que simplesmente largaram tudo para ter uma vida de nômade ou que já nasceram profissionalmente desse jeito. Advogados cada vez mais livram-se das mesas imponentes e as trocam pela praia mais próxima, arquitetas criam suas obras em parques e escritores se enfiam em cafés para trabalhar arduamente nos seus livros. A idéia da mobilidade não é apenas estar em trânsito, mas estar confortável com os horários, dias e compromissos, não ter as amarras de horário comercial e poder se locomover em horários mais tranqüilos. Hoje ainda não é acessível para todos, mas em breve as empresas acordarão para o tempo e o dinheiro que perdem obrigando funcionários a se enfiar no trânsito caótico das grandes metrópoles para chegar ao escritório e, trancafiado defronte a uma mesa, executar um trabalho que poderiam fazer tranqüilamente em qualquer lugar, menos ali.

Longe dos cabos a gente sobrevive muito bem, obrigado. Ao nos livrarmos do cabeamento escravizador, podemos dar um passo rumo ao nosso próprio bem estar. Pense nisso.
PS1.: Para quem quiser ler a matéria, é só clicar aqui.
PS2.: No momento estou num café, curtindo essa tal mobilidade.