De gueixas e tambores

(Máscara de Oni, demônio japonês que representa as forças do mal)

O domingo começou ensolarado e o programinha da vez foi o Festival do Japão 2008, que aconteceu entre 18 e 20 de julhos (fim de semana passado) no Centro de Exposição Imigrantes, ali pertinho do Jabaquara, em Sampa. E já é o décimo-primeiro festival, o que denota minha desinformação quanto aos eventos nipônicos na cidade de São Paulo. Fomos o Tiago, o Hilton, mais dois amigos do Hilton e eu. Hilton é o que pode se chamar de japonêgo: o afrodescendente que toca kotô (instrumento de cordas japonês), fala japonês e tem os olhos surpreendentemente puxadinhos.

Lá fomos nós, recepcionados já na estação do metrô por japoneses de quimono indicando o local de onde sairiam as vans para o Imigrantes. Ao ver a filona desistimos e resolvemos ir a pé e, depois de uma caminhada boa, chegamos. Tudo muito organizado e bonito, estranhamos a música sertaneja tocando com voz sotaque nipobrasileiro (inconfundível) na entrada, mas vai lá, festival japonês, né? Ao entrarmos, fomos para as comidas. A imensa praça de alimentação trazia pratos para os mais diversos paladares, de pastel com carne renkon (raiz de lótus) a yakissobas, passando por udon, karê, sushis e sashimis a preços módicos, além dos doces. Fiquei pasmo com o tempurá de sorvete: uma bola de massa recheada com sorvete e frita! Isso mesmo, e não derrete o sorvete.

Depois da comilança, fomos andar pelo pavilhão de exposições. Entre apresentações de tayko (tambor tradicional) e de outras artes, mais comidinhas, literatura, oficinas de origami, contadores de histórias (do grupo Viva e Deixa Viver, stand no qual encontrei a querida Andréia Nogueira) e distribuição de brindes. Uma grande festa que foi impulsionada ainda mais pela comemoração dos 100 anos da imigração japonesa.

Agora vou ficar bem atento, pois não perco o 12º Festival do Japão. Até 2009!