Segue sombria a serpente
Se esgueira macio e silva
Destila o fel tão silente
Singra lençóis vingativa
Braços e pernas que toma
Cresce em humana beleza
Traços de áspero aroma
Olhos crepitam turquesa
Malícia, senso, suor
Peles de corpos viris
Sibila versos de cor
Entre sorrisos sevis
Toques de intenso ardor
Morre, contudo, feliz
(Soneto feito na oficina de poesia do Prof. Marcelo Tápia, realizada na Casa das Rosas, em SP.)