(Foto: Sptizohr.de )
E chega uma hora que ele vem com tudo, sem pestanejar. E tudo se junta, tudo converge para que ele se mostre do jeito que é: límpido. Quão claro ele é, um verdadeiro clarão, uma clareira. Por mais que se fuja, um dia ele se instala imperioso e para quem se habitua a tantas cores, ele chega a ser apavorante.
O branco.
A falta de imaginação, o não-ter-o-que-dizer. Fico imaginando que é hora de ver um psicólogo, bater aquele papo terapêutico e tentar explicar o por que do branco total, a perda total. Talvez seja a falta do lírico nesse mundo que gira em torno de bolsas, crises, baixas e altas. E meus altos-e-baixos ficam onde mesmo? No branco, que não é da pomba da paz, nem bandeira branca, amor. Que atire o primeiro lenço alvo quem nunca teve uma experiência cândida como essa, mas no sentido mais sujo e trapaceiro que essa palavra (com o perdão da subversão) possa sugerir. Novamente as cores, e logo ele, tão isento e tão imparcial.
Branco. Escrever sobre você também já virou um clichê e tanto. E que as histórias reapareçam...