50 anos de Jabuti e os críticos enganados

Quem apostava nas sensíveis histórias de Cristóvão Tezza em O filho eterno (Ed. Record) para ganhar o Prêmio Jabuti de melhor ficção se enganou. A festa que na última sexta-feira reunião personalidades do mundo da literatura trouxe uma grata surpresa: a literatura infantil foi finalmente premiada como literatura, sem qualquer rótulo. O gracioso livro O menino que vendia palavras (Ed. Objetiva), de Ignácio de Loyola Brandão (um dos autores que admiro muito na literatura brasileira) foi quem abocanhou o prêmio, dando mais uma prova de que não há uma "confraria" (hello, povo do curso de formação de escritores!) por trás do prêmio cinqüentenário. "Eu levei um susto. Tinha certeza de que o prêmio era do Cristóvão Tezza" disse Brandão em seu discurso. Também eu levei um susto quando li a notícia, mas um susto tão agradável que não pude me furtar de escrever aqui sobre essa premiação. 
E salva e boa literatura, independente dos rótulos que ela receba.  
Fonte: Publishnews