Adeus ano veeeeelho...


Fim de ano é sempre muito. O que comprar. O que fazer. O que dizer. Quem se previne (e esse não é meu caso) sofre com a dezembrice, um mal que acomete 7 em cada 10 seres humanos, sendo esse um chute estratosférico e esotérico de minha parte. Nada passa ileso à dezembrice, uma tensão acomete a todos e voilá, tudo está de cabeça para baixo e irremediavelmente atrasado. Para que nos últimos dias (mais para uns, menos para outros) a alegria se instale também de forma implacável, a olhos vistos quando passa o dia 25 e rumamos para o término de mais um ano.
Drummond já dizia que foi genial aquele que fatiou o tempo em doze e o chamou de ano.
Agora estamos no incipiente janeiro, ainda tímido bebê de olhos quase abertos, faminto e dorminhoco. As mudanças esperadas ainda são aguardadas, as promessas do 31 de dezembro ainda estão em pé e o ritmo frenético ainda se instala. Além da tristeza das últimas notícias de avalanches e chuvas torrenciais, janeiro traz também uma vontade de ver o tempo passar. Fatia por fatia até a inexorável dezembrice. Que chegará daqui pouco mais de onze meses. Podem apostar.
Enquanto isso, tenham um bom ano. Um ano de muita porrada para aprender, muita risada para descontrair e muito amor para desfrutar. É meu desejo vermelho. Vermelho Carne.